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PROJETOS CULTURAIS E A CORAGEM

Uma revolução feita pela geração “Toddynho”, só será revolução quando houver coragem para fazer diferente.

Peter Drucker é considerado o pai da administração. Ele trás um ensinamento que se faz atual nos dias de hoje. Ele disse “quando você vê um negócio bem sucedido é porque alguém, algum dia, tomou uma decisão corajosa”.

Vivemos uma mudança de gerações. A considerada geração millenium – nascida nos anos 80 – está cada vez mais interessada em crescer profissionalmente, e para isso ela se prepara e não mede esforços em busca das suas conquistas. O ímpeto e a ansiedade de subir rápido na profissão produz uma geração com o desejo de ser empreendedora, mas que vai pouco à frente e evita colocar a mão na massa. Trata-se de uma postura passiva, subordinada.

Pode não ser o que dizem os relatórios de tendências e as lindas reportagens sobre startups. Mas, no mundo real, encontrado todos os dias nos departamentos de marketing, recursos humanos, controladorias e áreas de sustentabilidade percebe-se uma geração passiva, que não tem coragem para levar projetos diferentes à frente.

Há processos impregnados que sobrevivem nas empresas por várias gerações. É o que chamamos de síndrome do telemarketing. Eles ouvem o que você apresenta, dão a ideia de que entenderam e vivem seguindo, transferindo, banindo oportunidades de negócios.

A competição e o ritmo do mercado não permitem mais a sobrevivência desse tipo de profissional. Aquele que não assume as responsabilidades e que transfere ela para outros tende a seguir morrendo. Sempre no gerúndio, nunca no afirmativo.

Investir em projetos culturais exige coragem. E embora o discurso seja de uma geração conquistadora, percebe-se, departamentos passivos, prontos para executar mais do mesmo. Seguindo os scripts recebidos do patrão.

Outro espirito que ronda os departamentos é o nem nem. Termo usado para definir uma geração que nem trabalha e nem estuda se aplica perfeitamente a profissionais que nem querem assumir responsabilidade e nem estão dispostos a inovar.

Em projetos incentivados através da Lei Rouanet, não tem o meio termo. É uma questão de decidir fazer, ter coragem para inovar e só então, ser bem sucedido como profissional, departamento e claro como empresa. Os grandes profissionais são aqueles que tem ousadia e atitude. Dispostos a pagar o preço e ver a coisa acontecer.

Esse tipo de afirmação pode ser um pouco triunfalista, às vezes, parece até utópica para realidade que se vive no dia a dia. Mas, basta olhar para as principais marcas do mercado e ver que eles tiveram coragem para investir de forma consistente em projetos incentivados e por isso se encontram entre as melhores e mais valiosas marcas do país. Sábio Drucker!

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