Muito mais do que patrocinar artistas milionários a Lei Rouanet promove a cultura e movimenta a economia do país. Entenda um pouco do que estamos falando em números.
Já são alguns anos trabalhando com a Lei Rouanet e vivendo a transformação que a cultura é capaz de gerar. São benefícios tácitos, impossíveis de serem mensurados em números, porém, em um sistema capitalista é preciso apresentar números e foi isso que o MINC apresentou em seu portal. A cultura gera emprego e renda. Tem um papel fundamental no desenvolvimento profissional de inúmeros jovens, que em espetáculos patrocinados pela Lei Rouanet, conseguem entrar no mercado e aprender uma nova perspectiva profissional. Algumas pesquisas apontam a importância que a cultura vêm obtendo ao longo dos 20 anos da Lei Roaunet. Elas apontam que a cultura representa de 1,2% a 2,6% do PIB nacional.
Segundo o site do MINC: “Na última década, o mercado formal de trabalho da indústria criativa totalizou 892,5 mil profissionais dos setores de cultura, consumo, mídias e tecnologia, uma alta de 90% no número de trabalhadores, bem acima do avanço de 56% do mercado de trabalho brasileiro no mesmo período. Os dados constam no Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil, com base nos anos de 2004 a 2013, e divulgados pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), em 2014. Nesse período, foram constituídas 251 mil empresas, um incremento de 69,1% desde 2004, quando eram 148 mil. Com base na massa salarial dessas empresas, estima-se um PIB da indústria criativa de R$ 126 bilhões no período. Em termos reais, um incremento de 69,8%, quase o dobro dos 36,4% do PIB brasileiro.”
É uma visão atrasada dizer que “artista não trabalha”, ou dizer “quem trabalha com cultura mama no governo”. Os números mostram o grande potencial que há nessa indústria. Ainda que marginalizada movimenta grandes cifras e, como tratamos no início do texto, reverbera inúmeros benefícios tácitos, aqueles que são impossíveis mensurar em números. A grande reflexão é que a cultura transforma a alma da sociedade, dá um estímulo para a arte, a vida e a cultura. Sempre que pensar na Lei Rouanet ou em projetos culturais incentivados procure analisar o contexto. É a melhor forma de não passar vergonha quando se faz uma análise crítica.
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